Considerações sobre o Ingresso Solar em Áries de 2019 para o Brasil
O ingresso do Sol no signo de Áries marca o início de um novo ano astrológico, momento ideal para traçar previsões coletivas por determinado tempo. O astrólogo deve aliar as técnicas do Ingresso Solar com os eclipses, lunações e outras ferramentas para se aproximar o máximo possível dos acontecimentos vindouros, preparando os leitores para os eventos sociais dos quais inevitavelmente fazemos parte.
Por isso, antes de falarmos do ISA (Ingresso Solar em Áries) de 2019 para o Brasil, gostaria de fazer uma breve revisão sobre o mapa do último eclipse lunar visível em território nacional, ocorrido no dia 21 de Janeiro de 2019, quando o signo de Sagitário despontava no horizonte. Escrevi brevemente sobre ele no começo do ano na minha página do Facebook e vou retomar alguns pontos. Pela disposição dos planetas, havia vantagens marcadas pela angularidade dos benéficos Vênus e Júpiter (avanços jurídicos, revelações e descobertas, destaque para mulheres, reversão de danos, ascensão de novas lideranças/figuras etc), e desvantagens marcadas pela quadratura partil (exata) entre Marte e Saturno (prejuízo a estruturas, acidentes e mortes). Marte ainda estava no quinto signo a partir do Ascendente, colocando risco para crianças a partir de inimigos ocultos, uma vez que regia a décima segunda casa do mapa. Já Saturno era agredido por Marte por uma má recepção (Marte em Áries é mais danoso para Saturno), e os limites (Saturno) se romperam (Marte), anunciando o crime ambiental de Brumadinho, MG. Mercúrio tinha domínio no eclipse porque era o planeta com maior dignidade no ângulo seguinte à Lua. Essencialmente, há, nesta configuração, tremores e ventos nas américas, novas greves que podem estrangular as vias, bandidagem e cisões religiosas. Até agora, mais de 400 mulheres bloquearam um trem da Vale por 12 horas, uma nota de separação da Bancada Evangélica do governo e, o que eu não havia deduzido, a morte de um jornalista por um acidente aéreo de um helicóptero que, na queda, se chocou com um caminhão (Mercúrio estava na casa 3). O mapa do eclipse se mantém por mais alguns meses, e é normal que ele apresente mais desafios do que benesses porque eclipses são, a bem dizer, a perda da luz.
Confira o mapa do eclipse lunar de Janeiro abaixo:
Agora, no dia 20 de Março de 2019 às 19h de São Paulo, SP, o Sol deixa o signo de Peixes e inicia sua passagem por Áries, inaugurando um novo Ingresso Solar. O mapa calculado para São Paulo e Brasília é praticamente idêntico: uns preferem a cidade da Independência, outros preferem a capital atual. Libra é o signo Ascendente e, devido a sua modalidade cardinal, a duração do mapa é de apenas três meses, sendo necessário abrir outra carta quando o Sol ingressar em Câncer.
Uma unanimidade (acredito) entre os astrólogos tradicionais brasileiros, é que o regente do ano desta vez é Saturno devido a sua angularidade na carta e domínio sobre o Ascendente (Saturno se exalta em Libra). Existem diferentes técnicas para se encontrar o regente do ano, mas que passam longe daquela ordem caldaica dos planetas que ficou famosa nos últimos tempos, na qual Marte seria o senhor de 2019. Bom, Saturno está domiciliado na casa 4 já fora de seita, tornando-se mais maléfico do que produtivo. Forma conjunção ao Nodo Sul, de natureza também fria e seca, e isso parece apontar para um inverno mais rigoroso, seca, dificuldades relativas à terra e ao campo, austeridade para o povo, doenças e problemas imobiliários. A dignidade essencial de Saturno e seu movimento direto, contudo, traz força e resistência, evitando assim uma situação catastrófica, ainda mais sem aspectos de tensão. O regente do ano ser o maléfico maior parece mostrar o aumento da melancolia e reclusão do povo.
Pelos lotes árabes (parte mais técnica que não pretendo me aprofundar), há indicativo de boa produção de trigo e milho com a consequente baixa do seus preços. Como recentemente houve morte de meio bilhão de abelhas devido ao uso de agrotóxicos, fiquei curioso para calcular o lote do mel. A 17º de Áries, temos como seus regentes por ordem de importância: Marte (exilado), o Sol (exaltado), Júpiter (domiciliado), Saturno (domiciliado) e Mercúrio (duplamente debilitado). O preço tende a oscilar com aumentos significativos. Já a carne (e talvez o leite) parece também aumentar (embora eu tenha ficado em dúvida neste caso, porque Saturno domina a carne este ano e está com o Nodo Sul… pode representar prejuízo aos produtores).
O governo é representado pelo regente da casa 10, a Lua (situação atual), e o Sol (poder, de uma forma geral). A Lua está cadente na 12, casa relacionada a hospitais, inimigos e segredos. Indica agravamento da situação de Bolsonaro e maior definhamento do governo, que seguirá resistindo mesmo com o líder enfraquecido. A Lua vai encontrar uma antíscia com o Sol antes de mudar de signo, e estando ela na 12, espera-se prisões de líderes importantes. O Sol, por outro lado, está angular por signos inteiros e cadente por quadrantes. Ele já se pôs no horizonte e a Lua trouxe a noite. Marte está na segunda casa derivada do Sol e a ele dá suporte. Indica a perpetuação dos interesses militares. Exilado na 8, há risco de violências, mas não acredito em guerra pelo menos enquanto esta carta for válida.
Mercúrio rege a 9 (univerdades). Segue retrógrado e cadente no mapa, formando bom aspecto com o regente do ano, mas demonstrando deterioração do ensino superior. Ele foca nos estudos medicinais e ambientais. Júpiter na 3 sugere melhorias nas estradas, transportes e ativismo midiático. Ainda há influência do último eclipse, prejudicial para estruturas, então Júpiter ajuda na revisão desses danos, ao menos no que tange as vias. A quadratura com a Lua, regente da 10, reforça conflitos entre jornais e governo. Escolas e cursos privados ficam em alta.
Como significador de prosperidade, o bom aspecto de um Júpiter digno em casa benéfica (embora cadente) ao Ascendente traz algumas oportunidades e sorte, mas o regente da 2 (finanças) debilitado na 8, coloca ainda mais os recursos nacionais nas mãos dos bancos e do capital estrangeiro.
A Vênus está em júbilo e em seita na casa 5 do mapa. O papel feminino nos rumos políticos não vai deixar de se destacar, incentivando também o meio artístico e a proteção da infância. Há uma quadratura aplicativa entre Vênus na 5 e Marte na 8. Apesar de Marte estar sob o poder da Vênus, e esta superior na quadratura, podemos esperar por violências relacionadas aos temas anteriores.
O bom aspecto entre benéficos (Vênus e Júpiter) faz as boas intenções se efetivarem meio aos desafios. Ambos cercam Saturno, o regente do ano, por isso a guerra parece improvável, bem como uma crise econômica muito grave. Há promessas de novas associações que vinculam mídia, redes sociais, povo e arte.
Estas são as minhas considerações.
Guilherme de Carli