ESTUDO ASTROLÓGICO: o acidente que “levou” a perna de Roberto Carlos

MALCOLM X: O MAPA DE UM REVOLUCIONÁRIO
19 de novembro de 2018
O ANO NOVO ASTROLÓGICO E AS PREVISÕES PARA O BRASIL EM 2019
19 de março de 2019
Mais artigos

ESTUDO ASTROLÓGICO: o acidente que “levou” a perna de Roberto Carlos

Um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro – o Rei Roberto Carlos, – veio ao mundo no dia 19 de Abril de 1941 em Cachoeiro do Itapemirim (ES) às 10 horas da manhã, quando o signo de Gêmeos estava se elevando no horizonte, colocando a artística Vênus em condição Cazimi, no coração do Sol, este exaltado na casa 11 de seu mapa. O objetivo deste artigo, contudo, é retratar um triste evento que marcou a infância de Roberto Carlos: o acidente que sofrera nos trilhos do trem durante uma festa em sua cidade, razão pela qual perdeu parte de sua perna direita. Este é um assunto delicado que veio à tona em 2018 após um entrevista de RC ao Fantástico, sendo posteriormente replicada em outros meios de comunicação, inclusive em uma entrevista dada pelo filho à JovenPan. Abaixo, vou reproduzir a história e descrever astrologicamente o fato.

Foi no dia de São Pedro (29 de junho de 1947). Segundo o Jornal do País, “Cachoeiro era entrecortado por ferrovias e, portanto, era comum acidentes acontecerem. Lá, próximo ao centro, entre a rua e a linha de ferro, encontrava-se as duas crianças (Roberto e sua amiga). Enquanto aguardavam um desfile escolar, uma professora temeu pela segurança de Zunga (Roberto) e Fifinha, pois elas não perceberam a aproximação de um trem que se aproximava. Mesmo gritando e sinalizando para as crianças saírem dali, a professora correu e puxou a menina, enquanto um assustado Zunga recuou e tropeçou, caindo na linha férrea – ele estava de costas para a ferrovia. Como não dava mais tempo, a professora tentou avisar o maquinista, mas já era tarde demais. A locomotiva avançou e a perna direita de Roberto Carlos ficou presa debaixo do vagão entre as rodas de metal.”

Antes de entrarmos no diagnósticos do mapa da lunação anterior ao acidente e outras técnicas, cabe observar no seu mapa natal onde estavam as promessas de amputação de uma perna, pois nada acontece sem que esteja previsto no instante do nosso nascimento. Uma série de testemunhos podem ser destacados à primeira vista:

a) conjunção de Mercúrio, regente do Ascendente, e do Lote da Fortuna ao Nodo Sul, um ponto maléfico;
b) Lua, associada ao corpo, alinhada à Marte, planeta senhor dos cortes e acidentes (significados reforçados por ser também o regente da casa 6);
c) Mercúrio, regente do Ascendente (corpo físico) em Áries, sob o poder de Marte. A Lua, após seu nascimento, levou a luz de Marte para Mercúrio;
d) Júpiter e Saturno, que regem os pés e as canelas, respectivamente, na casa 12 em quadratura inferior a Marte;
e) Mercúrio, regente do Ascendente, na contra-antíscia (oposição oculta) com o Lote dos Acidentes.

Como é possível perceber, uma só andorinha não faz verão. Na Astrologia, toda análise nasce da observação atenta de vários testemunhos. Podemos agora avançar para as próximas etapas, começando pela busca dos cronocratores (regentes do tempo). Em 1947, logo após seu aniversário, o Ascendente de Roberto Carlos estava dirigido para os termos de Saturno, um planeta maléfico, recebendo os raios de Mercúrio. No mapa, ambos estão em aversão, somado ao fato de Mercúrio estar na queda de Saturno. Ainda naquele ano, o signo profectado era Sagitário (casa 7), colocando Júpiter (regente dos lotes do Acidente e da Acusação) como Senhor do Ano.

No mapa da Revolução Solar, o signo da profecção (Sagitário) estava ascendendo. Ele corresponde à sétima casa do mapa natal, normalmente orientando o nativo para os relacionamentos, mas quando há excesso de cronocratores difíceis ativos, é importante entendê-la como a casa do “pôr-do-Sol”, oposto ao Ascendente, portanto um desafio ao corpo físico (e/ou às motivações). Júpiter, o Senhor do Ano, estava na casa 12 em signo mudo, o trem que não foi ouvido nem visto, porque a 12 é a casa das coisas ocultas. Mercúrio, regente do Ascendente natal, estava conjunto a Marte, dispositor de Júpiter. Sendo Marte o regente de Áries e Escorpião, ambos Mercúrio e Júpiter estavam sob o poder do senhor dos cortes e acidentes.

Revolução Solar 1947

Vênus, regente da 6 no mapa da Revolução Solar, aplicava-se ao trígono à Júpiter, regente do Ascendente. Um aspecto harmônico nem sempre é indicador de eventos positivos, mas de eventos que ocorrem com facilidade.

A profecção mensal da data do evento ressaltava Lua e Marte, mas o mais interessante é dar uma olhada no mapa da Revolução Lunar, ou seja, o momento em que a Lua retorna ao mesmo grau em que ela estava no momento do nascimento (algo que ocorre a cada 28 dias). Escorpião era o signo Ascendente e se sobrepunha à casa 6 do mapa natal. Marte estava perfeitamente colocado no grau do descendente e o Sol brilhava na casa 8, alertando perigo, medo. A Lua estava sitiada entre os raios dos planetas maléficos: acabara de sair de uma oposição a Saturno para se aplicar a uma quadratura a Marte.

Revolução Lunar anterior ao acidente

A Lua Nova e Lua Cheia anterior ao acidente também dão indicativos fiéis ao ocorrido. Para não me estender muito, resolvi focar apenas nas técnicas descritas acima. Com este artigo, pretendo demonstrar a complexidade da Astrologia em sua função preditiva, embora ela seja também multidimencional em análises de personalidade. Profissionais são eternos estudantes, e fazer diagnósticos de eventos passados ajuda a aprimorar os prognósticos que fazemos para o futuro. Também, observe isoladamente o mapa da Revolução Solar de Roberto Carlos. A primeira vista, a carta parece apontar para um ano de diversões e alegrias na vida de uma criança. Haviam vários planetas na casa 5, onde moram as festas. Mas lá, naquele ano, também estava o perigo.

Guilherme de Carli

Link para a reportagem do Jornal do País: https://www.jornaldopais.com.br/o-drama-saiba-como-roberto-carlos-perdeu-a-sua-perna-direita/